Quero ter uma conta aberta no FB. Será verdade?...

Através desta rede social tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas especiais. Todas, sem excepção, me foram úteis na descoberta de quem sou. Sinto-me privilegiado. Algumas destas pessoas já conheci ou fiquei a conhecer pessoalmente. E é delicioso poder abraçar cada uma, sentir todo o carinho delicioso que brota de cada uma, sem esperar nada em retorno.

Pela minha experiência pessoal, o FB mostrou-me, tanto como na vida real, que só conseguimos abraçar a nossa luz depois de atravessada a escuridão. Aquela escuridão que tentamos a todo o custo que ninguém consiga descobrir. Enquanto as feridas da nossa infância e adolescência não forem saradas, por mais meditações e figurinhas de luz que imaginemos, iremos continuamente projectar os aspectos rejeitados da nossa alma.

Este é o crime de todos aqueles que não gostamos: mostram-nos as nossa qualidades deserdadas, doentes e que só conseguimos aguentar porque as projectamos sobre os outros, aqueles a quem apontamos o dedo. E uma vida assim nunca pode ser fácil.

Por outro lado, descubro que ninguém tem que fazer rigorosamente nada. Ninguém tem que mudar, nem evoluir, nem ser melhor. Apenas eu. Sou a única pessoa que posso mudar. Os outros podem fazê-lo, claro, mas não faço disso uma exigência para os amar.

Descubro que cada ser humano é digno de ser amado, independentemente do que fez ou disse, ou deixou de fazer ou dizer.

Descubro que todos somos amor puro, mas muitos esquecemo-nos disso, perdemos consciência que somos amor, e procuramo-lo continuamente nos lugares errados: fora de nós.

Descubro ainda que não há nada de que me possam acusar que não seja verdade. E observo que as pessoas com quem contacto presencialmente sentem um carinho especial por mim. É o carinho, o amor, que sempre esteve dentro de cada uma. Limito-me a recordar-lhes isso. E estar presente para cada uma, sem qualquer condição, é suficiente. Descubro que na presença do amor incondicional qualquer ser humano tem a capacidade de se tornar consciente que é isso: amor incondicional.

Perdoo a todas as pessoas que me enviaram mensagens e ás quais não respondi. Há já algum tempo que desisti de as ler. Eram uma média de 30 a 40 por dia.

O FB foi ainda um teste delicioso para comprovar que de facto ninguém tem o poder suficiente para me magoar, apenas eu tenho esse poder. E sinto que o estou a perder a uma velocidade deliciosamente ideal.

Aprendi que é delicioso viver uma vida em que só desejamos que os outros sejam quem são e nunca quem gostaríamos que fossem.

Aprendi a ouvir sem a necessidade de me defender. A defesa é sempre o primeiro acto de guerra, e como diz a querida BK, todas as guerras se resolvem numa folha de papel.

Aprendi que não penso, sou pensado. E que para sofrer tenho que acreditar nos pensamentos como sendo de minha autoria. Nunca o são. Fluem. E são iguais aos do meu vizinho, do meu amigo e do meu pai. Não há pensamentos novos que causem stress emocional. São sempre os mesmos.

Sinto que estou a viver um momento de crise. Uma oportunidade única de crescimento e bem-estar. É isso que significa para mim a palavra crise. Não estou a tentar embelezar o belo nem a negar o que quer que seja. Uma crise é sempre uma oportunidade de crescimento. Se tivermos a coragem de abrir os olhos em vez de apontar o dedo.

As mudanças que observo à minha volta são muitas e muito aceleradas. Escolho o silêncio, a calma, a paz e o amor. Continuarei a escrever no meu blog, ou não. E irei continuar a enviar com alguma periodicidade a newsletter aos que estão inscritos nela, ou não. De qualquer forma, a minha caixa de correio electrónica mantém-se receptiva a qualquer email: emidiocarvalho@gmail.com . Mas por favor não me enviem emails reencaminhados (aqueles com um FWD), nunca os abro.

Escolho dedicar uma grande parte do tempo disponível à preparação da primeira Escola Residencial, com a duração de uma semana, em Julho. É um desejo do meu coração que cada pessoa que participe consiga todos os objectivos que a levarão até lá. E sei que irá acontecer.

Porque, com a ajuda do FB, descobri que na presença do amor, a realidade torna-se amorosa, deliciosa, de braços abertos, e sempre com um sorriso. A vida flui. Eu sigo este fluir. Assombrado. Deliciado. Sem histórias. Tudo e nada na perfeição.

Ah! E é verdade, adoro cada amigo virtual do FB! Cada um é sempre tão perfeito, tão igual a si mesmo, tão autêntico. Como poderia não amar cada um? Impossível.

E a vida continua, sempre a fluir. Vou a Madrid, ou não. Vou à Madeira, ou não. Sempre curioso. Será que isto irá acontecer?... Estou curioso. E a vida sorri sempre, nunca me decepciona. A vida é aquilo que é e nunca aquilo que o ego gostaria que fosse.

Não é delicioso?

Comentários

Enviar um comentário