Mentiras Comuns

Tu pensas que os outros pensam que há algo de errado contigo. E pensas que os outros pensam que há algo de errado contigo porque tu acreditas que há algo de errado contigo. Então, ao conseguir seres aceite pelos outros andaste a tentar impedir os outros de pensarem de ti o que tu mesmo pensas de ti. O pior que pode acontecer é os outros serem iguais a ti. A função dos outros é pensar aquilo que tu mesmo já andas a pensar, até questionares os teus pensamentos. Quando tiveres a coragem de questionar os teus pensamentos podes ter a certeza que a verdade irá provocar-te gargalhadas. E quando tu te rires, os outros irão rir-se também. Os outros são sempre um espelho de ti.

Eu sou a realidade. Isto significa que eu sou a pessoa perfeita para ser eu e ninguém mais pode ser quem eu sou. Eu tenho que ter esta altura exacta para ser eu. Eu tenho que ter a idade que tenho para ser eu. Eu tenho que ser o género que sou e pesar o que peso para ser eu. Eu tenho que ter os dedos no teclado do computador da maneira que tenho para ser eu. É isto que é exigido de mim para ser eu. Isto é o que observo. Não há erros na vida. A vida é deliciosa. Tudo é perfeito. E só há duas maneiras de eu ser quem sou: uma é amando-me e outra é odiando-me. Qual é que escolho, uma vez que não tenho escolha em ser quem eu sou agora? Ok, serei eu, e irei questionar os meus pensamentos sobre mim até ver a perfeição sob todos os ângulos. Alguém tem que ser feliz agora. Ah! Sou eu. Voluntariei-me para esta parte.

Qualquer pessoa que pense “eu tenho que me amar mais” não sabe o que é o amor. Amor é aquilo que já somos agora. Então, pensar que tenho que me amar mais, quando não sou capaz de me amar mais é uma pura desilusão. Como é que sei que não tenho que me amar mais? Não me amo mais. Só isto! Por agora. A verdade não tem qualquer respeito por filosofias espirituais. “Eu deveria amar-me mais” – em que planeta vives? O amor não é uma acção, não é algo que possas fazer. Não tens que fazer nada no amor. Tudo o que te impede de sentir o amor são pensamentos que te causam stress e são mentira. Tu és amor puro, quer estejas consciente disso ou não.

Digo com frequência que a defesa é o primeiro acto de guerra. Se tu me disseres que sou desonesto, ou cobarde, ou mentiroso, ou insensível, eu posso ir dentro de mim. Posso descobrir no meu passado um momento em que fui isso que me acusas. E só posso responder-te: “Sabes, querido, tens razão. Eu consigo ver que é verdadeira a tua acusação. Diz-me tudo o que vês em mim, e os dois podemos descobrir formas de eu não te magoar novamente, se é isso que tu queres.” Através de ti, eu permito-me conhecer melhor. Sem ti, como poderei eu descobrir os lugares em mim onde sou desonesto ou insensível? Tu és aquele que me pode mostrar estes lugares. Delicioso. Então, meu querido, olha-me nos olhos e repete aquilo de que me acusas. Quero ouvir tudo. É assim que os amigos se encontram. Chama-se Integridade. Eu sou tudo. Se tu vês em mim insensibilidade, é uma oportunidade para eu ir dentro de mim e ver onde sou insensível. Alguma vez fui insensível? Posso encontrar uma situação, sim. Alguma vez fui desonesto? Não demoro muito tempo a descobrir esta verdade. E se tiver alguma dúvida, as pessoas que me são mais chegadas ajudar-me-ão a descobrir os momentos em que fui insensível ou desonesto. Se tu disseres algo de mim e eu tiver uma necessidade urgente em defender-me, isso de que me acusas é o pedaço de ouro por descobrir em mim. É delicioso amar-te quando me acusas. Permites-me descobrir-me. Bem-hajas.

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