A linguagem
da mente é aprendida, transmitida ao longo dos séculos. Aprendemos a rotular
objectos, pessoas, situações. Aprendemos que há coisas boas e más, situações
certas e erradas, pessoas bonitas e feias. Tudo isto é apreendido desde muito
cedo.
A
mente acredita nestas histórias do certo e errado. Acredita que errou ou que
poderia ter feito diferente. Acredita que há uma forma melhor de viver a vida.
Acredita que há uma reacção apropriada. A mente sabe o que está fora de lugar.
A mente sabe viver no caos, em busca da ordem. A mente dita como viver. A mente
quer coisas. A mente quer ser
compreendida. A mente sabe o que é melhor para si e para os outros. Dá
conselhos.
A
linguagem do coração é completamente diferente. Por exemplo, muitas pessoas
acreditam que a experiência de estar apaixonado é um evento do coração. Não é.
A paixão é fabricada pela mente. A mente conta uma história acerca de uma
pessoa e apaixonamos pela história que se conta e acreditamos que estamos
apaixonados.
O amor,
enquanto linguagem do coração, é uma experiência totalmente diferente. A
experiência deste amor costuma provocar lágrimas. Consome-nos a partir de
dentro. Uma parte de nós parece morrer (a parte criada pela mente). Este amor é
uma experiência emocional sem palavras, em que há um chorar, um gritar, um
urrar. O amor do coração não tem explicação nem é possível compreender.
A
mente enlouquece perante a experiência deste amor porque quer compreender. O
coração sabe que não há nada para compreender. Vive o momento.
A
linguagem do coração é muitas vezes interpretada pela mente como estúpida ou
errada. A mente sabe! E não se discute. O coração não sabe, e limita-se a viver
momento a momento.
O
coração é o que diz para amar mesmo quando o outro quer afastar-se. A mente
resiste ao afastamento e quer outra história. O coração diz que amar outro sem
que esse amor seja retribuído é ok.
Quando
se ama realmente, a partir do coração, permitimos que o outro seja quem é. Respeitamos
as suas decisões (maioritariamente da mente). Eu amo-te, e tu ama quem quiseres.
Isto é uma atitude do coração. A mente afirmará algo como “eu amo-te, e se
fores a pessoa que eu quero que sejas, seremos felizes.”
O
amor que nasce do coração é doido e idiota. Ama simplesmente porque amar é a
sua natureza. O amor da mente é aquele que vê a relação como um investimento no
futuro, um apoio, uma segurança. A mente ama com algumas condições. O coração
ama incondicionalmente.
A mente ama e quer ser amada de volta. A mente mata para ter amor. O coração ama, e respeita o que não ama de volta. Ama porque é a sua natureza. Mas não faz exigências.
A mente ama e quer ser amada de volta. A mente mata para ter amor. O coração ama, e respeita o que não ama de volta. Ama porque é a sua natureza. Mas não faz exigências.
O
amor da mente conduz à depressão quando não é correspondido.
O
amor do coração conduz a um regresso a si mesmo quando não é correspondido,
através de lágrimas, de uma pressão no peito, uma angustia, que gritam “regressa
a ti”.
ps: as canções ditas românticas falam do amor da mente, interesseiro e que ameaça morrer se não tem o que quer. O amor do coração raramente é cantado, não vende porque a mente não gosta.
ps: as canções ditas românticas falam do amor da mente, interesseiro e que ameaça morrer se não tem o que quer. O amor do coração raramente é cantado, não vende porque a mente não gosta.
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